terça-feira, 1 de outubro de 2013

A Pessoa Certa

Resenha: Um Homem de Sorte, de Nicholas Sparks

"Às vezes as coisas mais ordinárias podem se tornar extraordinárias, simplesmente se realizadas pela pessoa certa."

Nota sobre esta resenha.
Apesar das palavras já ditas e das opiniões já formadas, preciso dizer que estou um tantinho surpresa quanto a esta estória. Não por tê-la achado algo extraordinário, eu confesso, mas por tê-la achado vagamente diferente das demais. Estava abrindo o livro esperando alguma coisa, e acabei encontrando outra, bastante diferente.

Um Homem de Sorte conta sobre Logan Thibault, um ex-soldado que, após o término de tempo de serviço, vai em busca da mulher que acredita ter salvo sua vida. Isso porque em um dia de guerra, encontrou uma fotografia enterrada na areia, riscada no verso com uma dedicatória sem nome ou endereço, que apenas continha a letra "E". Depois de tal episódio, coisas estranhas passaram a acontecer - nada o atingia, ele era um homem de sorte. Caminhou por muito, muito tempo, e finalmente encontrou, em um canil, Beth. Elizabeth. Uma mulher muito bonita, mãe de um garoto de dez anos chamado Ben. Apaixonado desde o primeiro momento, Logan tenta aproximar-se cada vez mais, começando pelo emprego de treinador de cães e lidando com obstáculos como o ex marido de Beth, Clayton.

Entre os personagens que mais gostei estão Nana, Thibault e Zeus. Nana é muito engraçada, e eu passei algum tempo (preciso admitir) tentando decifrar suas estranhas frases. Acho que ela forneceu a Beth uma excelente criação, e é muito compreensiva para com a neta. Thibault é calmo e vagamente estranho. Me lembrou alguém que conheço e admiro superficialmente. Gostei do modo descomplicado com que ele lida com tudo. Quanto a Zeus, não sei se ele vale, mas porque é um cachorrinho esperto. E por algo mais, que envolve heroísmo, mas se dissesse eu estaria dando um spoiler.
Fiquei um pouquinho decepcionada com Elizabeth, pois desde o início ela tinha tudo para ser uma personagem realmente forte, diferente de todas as outras criadas por Sparks, mas isso foi desandando pelo caminho. Não achei sua personalidade tão marcante quanto poderia, mas preferi ignorar o fato durante a leitura.

O que mais gostei no livro foi, como sempre com este autor, a narração. Acho a escrita de Nicholas maravilhosa e muito fácil de ser lida. A leitura vai tão rápido, e você não consegue - e não quer - parar de ler. Isso é sempre bom em um livro.
O que menos gostei foi da falta de ação. Enquanto penso que algumas coisas aconteceram muito rápido, acredito que outras demoraram demais, ficaram sendo torcidas e retorcidas durante o desenvolvimento da estória e isso deixou as coisas um pouco entediantes por um momento. Felizmente foi o único, e acredito que isso se deve ao fato de que li uma aventura antes deste romance.

Uma adaptação para o livro foi lançada em 2012, mas como só vi o trailer posso dizer muito pouco. Gostei muito da atriz que interpreta Beth. Ela é bonita como diz o livro, e parece bastante decidida e forte. O mesmo ocorreu com Ben - não imaginei-o de forma diferente. Achei que foi um pecado sem tamanho escolher Efron para interpretar Logan, apesar de considerá-lo um excelente ator. Isso se deve mais à aparência do que a qualquer outra coisa. O rosto bonito e redondo e os cabelos curtos não conseguiram me passar a segurança do Thibault que imaginei.

Apesar de ficar longe de minha estante de favoritos, foi uma leitura tranquila e bastante rápida. Acho que é uma boa pedida para alguém que acabou de ler um livro muito chocante ou pesado e ainda não está preparado para partir para outra. 
Ps: Pensei que este fosse tomar o lugar de A Última Música de início, mas isso não aconteceu.

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