sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Outro Tipo De Fama

Resenha: The Bling Ring: A Gangue de Hollywood, por Sofia Coppola

"Afinal de contas, a infâmia não é mais o que costumava ser. É apenas outro tipo de fama. Não há mais vergonha."

Resenha do livro.
Depois de ler o livro e não satisfazer totalmente minha curiosidade, resolvi buscar algo mais. O filme acabou se tornando o que eu achava que o livro seria, algo que envolve um pouco mais de romance e adrenalina. 

Bling Ring conta (e o filme realmente conta, não mostra entrevistas e não cita sociologia em muitos momentos) sobre estes jovens que assaltavam casas de pessoas famosas. Depois de encontrar a chave de Paris Hilton debaixo do tapete e roubar pela primeira vez, tudo fica fora de controle. Então surgem as festas, os agentes, as roupas de grife, as drogas e as armas. Tudo isso voa pelos ares. As coisas realmente ficam complicadas.

Tive muita compaixão para com Nick (Marc) durante o filme. Não sei se posso tratá-lo como um personagem, já que ele realmente existe e nunca saberemos o que realmente se passava com suas emoções e sentimentos, mas o fato é que o que enxerguei no filme foi um garotinho apaixonado e com medo. Apaixonado por Rachel (Rebecca), seguindo-a por toda a parte e ajudando-a nos roubos mesmo sabendo que não dormiria à noite. (E por mais que esta pequena observação não seja relevante, achei que ele se parece com alguém que adoro - adoro muito, os sentimentos passam de "adorar" -, e sinto que este alguém passa, ou já passou, por dificuldades semelhantes.)

O que mais gostei no filme foi o modo como foi produzido. Sofia é uma das melhores diretoras que já vi, e penso desta forma desde Maria Antonieta. Amei como as câmeras foram posicionadas, as cores, os tons pastéis... Suspiro por tudo isso. E mais uma coisa: Tess estava lá!!! Tess Taylor nunca me enganou! (Emma também estava maravilhosa, se é por isso que você está aqui lendo isso.)
O que menos gostei (e não queria estar dizendo isso, mas infelizmente...) foi a falta do desenvolvimento quanto à relação dos personagens como Nick (Marc) e Rachel (Rebecca). Queria saber mais sobre sua relação, sobre o possível namoro, e queria muito que o roteiro contasse com isso - mesmo que tudo fosse uma invenção, só para sentir o gostinho. Li alguns comentários, e pelo que pude notar o filme lançado em 2011, com o mesmo título, fala um pouco mais sobre. Ainda espero assisti-lo, e assim que isso acontecer acrescentarei uma nota ao post.

Recomendo o filme principalmente aos que leram o livro e, assim como eu, querem um pouco mais. Esta é a história por trás da história julgada real, e está magnífico. Não acho que o livro contenha muitos spoilers sobre o filme, e nem que o filme contenha muitos spoilers sobre o livro, já que conhecemos o que acontecerá em seguida, então se você estiver curioso sobre o filme e não leu o livro não há problema algum, porém recomendo que o faça para ter uma base dos personagens e tornar tudo mais interessante. Eu adorei, e foi tudo (certo, quase tudo) que eu esperava.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Ela Nada Sabia

Resenha:  Trilogia Fronteiras do Universo - Livro 1 (A Bússola de Ouro), de Philip Pullman

"- Eu queria... - começou a dizer, mas parou; querer não levava a nada."

Uma de minhas coisas favoritas na leitura é encontrar livros como este. Livros que fazem com que você fique acordado à noite, com que você pense, com que você sonhe. Minha experiência com ele foi fantástica, e fico muito alegre quando digo que há outra obra entre minhas favoritas. Quem sabe mais duas, quando eu acabar de ler a trilogia completa?

Em A Bússola de Ouro, Philip Pullman narra a jornada de Lyra e seu deamon* Pan em mundo muito parecido - e ao mesmo tempo muito diferente - do nosso. Quando vê o próprio tio passando por uma traição de dentro do armário e crianças começam a desaparecer (inclusive um de seus amigos), levadas por Papões, Lyra recebe um objeto que se parece com uma bússola, aparentemente indecifrável, e parte para o Norte. Descobrindo que as coisas estão ficando cada vez mais sombrias e curiosidades sobre a própria vida - por mais incrível e curioso que isso possa parecer - Lyra começa sua jornada em busca de Roger e das outras crianças desaparecidas com a ajuda dos Gípcios e um Urso de armadura chamado Iorek.
*Deamons são uma espécie de alma animal que está com os seres humanos desde o momento em que eles nascem e refletem sua personalidade. Eles e seus donos são inseparáveis, sendo que uma separação poderia provocar a morte ou sofrimento eterno de ambos.

É muito difícil explicar o enredo, já que diversas coisas acontecem ao mesmo tempo, então quero que saibam a sinopse que escrevi não cobre todos os pontos da estória, e que por mais que este seja um livro direcionado às crianças eu duvido muito que alguém de nove ou dez anos de idade entenderia todos os conflitos de sentimentos e referências aos átomos, elétrons ou religião.
Sim, este livro fala sobre religião e inclusive foi proibido em alguns países. Achei tudo isso uma tremenda falta de bom senso, já que fica claro que tudo é algo fantasioso utilizado pelo autor como um elemento de referência ao mundo atual - a religião e a ciência se confundem. Talvez alguém tenha ficado muito confuso ou assustado, ou tivesse a mente pequena demais. Talvez eu não seja má o suficiente para notar algum tipo de satanismo ou demônio, mas talvez isso seja fantasia, e nada mais.

Fiquei surpresa ao ler algumas resenhas que trataram Lyra como um personagem irritante ou mimado. Eu achei que Lyra é uma garota muito corajosa e esperta, e ela é uma de minhas personagens favoritas, logo depois de Iorek Byrnison. Sempre que Iorek aparecia eu me sentia mais segura, assim como Lyra. Parecia que nada seria capaz de vencê-lo, e eu achei genial quando foi dito que os ursos não podem ser enganados, mas que Iorek estava agindo como um homem, e que os homens passam por tais situações.
Outra de minhas características favoritas foi a narrativa. Isso foi algo como Lewis Carroll e C. S. Lewis juntos - meus dois escritores favoritos do mundo. 

Sendo este um de meus novos livros favoritos, eu obviamente recomendo! Talvez você não goste de fantasia, mas eu duvido muito que você não se enconte com A Bússola de Ouro. Também há um filme baseado, que eu assisti há muito tempo. Só o que posso dizer sobre ele é que lembro dos figurinos. Os figurinos são lindos, mas não lembro da Lyra adaptada como uma personagem marcante como a do livro, então vocês precisam me contar isso.
Espero mesmo que gostem! É lindo ter mais livros em minha estante de favoritos

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Não Era Tudo

Resenha: Noites de Tormenta, de Nicholas Sparks

"Quanto maior o amor, maior a tragédia quando acaba. Esses dois elementos sempre andam juntos."


Nota sobre esta resenha.
Por mais curto que seja (e parece que quando você o lê ele se torna ainda menor), este livro me ensinou algumas coisas que considerei importantes. Não só sobre amor.

Noites de Tormenta conta sobre uma mulher de 45 anos, chamada Adrienne, que foi abandonada pelo marido recentemente. Adrienne fica arrasada, e busca apoio em uma pequena cidade na Carolina do Norte, cuidando da pousada de uma amiga que está fora. Uma grande tempestade está chegando, e ela acha que tudo será arruinado até a chegada de Paul, um viajante médico que procura se reconciliar com o filho e conversar com o marido de uma de suas antigas pacientes, que faleceu após uma cirurgia.
Ambos - Adrienne e Paul - se encontram em um momento frágil, e buscam o apoio um do outro, despertando sentimentos que estavam, até então, guardados a sete chaves.

Eu adoro Adrienne por sua ingenuidade. Ela não desconfia de que é bonita ou que alguém poderia achá-la atraente, só está buscando sua paz de espírito. A relação que ela tem com o pai também é pura, especial e me deixou bastante emocionada.
Paul também é interessante, pois geralmente, quando uma pessoa trabalha por muitos anos, é assim que ela continua pelo resto de sua vida, e ele tentou melhorar, ser uma pessoa melhor e consertar dívidas antigas. Queria que todos os trabalhadores compulsivos passassem por isso.

O que mais gostei no livro foi que ele me fez pensar em coisas que eu já havia pensado antes, mas muito brevemente. Sobre o tempo do amor, a idade em que ele pode atingir alguém, mudar as pessoas, segundas chances... Como disse no início do texto, ele é um livro tão curtinho, mas tão bonito ao mesmo tempo. Tudo acontece muito rápido, mas é muito profundo. Os dois se tornam pessoas melhores, e encontram o que procuraram quando eram jovens, mas só foram capazes de absorver da maneira correta agora. Será que existem pessoas que precisam ficar separadas por anos para esperar pelo momento certo?

Há uma adaptação para o cinema, com o mesmo título, que foi lançado há alguns anos. Não tive a oportunidade de assisti-lo (e nem sei se gostaria), mas pude notar algumas diferenças no trailer, com relação a Adrienne e sua amiga, e fiquei um tanto quando confusa sobre a idade de sua filha, Amanda.

O livro é ótimo para se ler em um final de semana de verão, ou em uma semana chuvosa, ou quando você preferir. A escrita de Nicholas é, como sempre, muito agradável de se ler, e isso faz com que as coisas andem bem rápido. Porém, recomendo a obra para, principalmente, pessoas mais maduras. Que já tiveram relacionamentos. Acho que isso pode levar a excelentes reflexões.

Nota Sobre Nicholas Sparks

Uma Pequena Nota Sobre Resenhar Livros de Sparks

Por mais doloroso que seja dizer isso, não sou uma grande admiradora de Nicholas Sparks. Doloroso porque sua escrita é linda, e nunca consegui abandonar nenhum de seus livros por isso (até costumo lê-los mais rápido), mas é tão decepcionante começar lendo algo sabendo qual será o final... Sabendo que haverá uma praia, um casal, alguém morrerá de câncer ou de uma doença fatal e eu chorarei em algum momento. Quando vejo o nome "Nicholas Sparks" na prateleira de uma livraria, costumo desviá-la o mais rápido que posso. Quantos romances poderiam ter recebido tanto reconhecimento quanto, de uma forma diferente, e estão guardados em computadores? Sinto raiva quando penso nisso.

O que ocorreu foi que, há algumas semanas, ganhei como prêmio de um concurso de oratória, dois livros chamados Noites de Tormenta e Um Homem de Sorte - ambos de Sparks. Isso é muito engraçado, porque logo que fui informada de que os prêmios seriam livros pensei algo semelhante a "Nicholas Sparks não, por favor, Nicholas Sparks não...", mas adivinhem?

Pensando que esta pode ser uma possível chance para me reconciliar com o autor, resolvi resenhar estes dois livros como únicos, sem compará-los aos outros, por mais difícil que pareça. Peço que os fãs me perdoem caso avistem algo do qual não gostarem - sei que os fãs sempre vêem as coisas de uma maneira diferente, mas lembrem-se de que eu não tenho este olhar para com Nicholas. Adoraria dividir experiências sobre ele e suas obras nos comentários, no entanto.

Ps: Os livros que li foram Diário de Uma Paixão, Querido John, A Última Música (meu favorito entre todos estes), Noites de Tormenta e Um Homem de Sorte, apenas cinco, entre dezoito. Mas li a resenha de todos os publicados, e acho que nenhum fugiu muito à base usada com frequência. Me perdoem caso alguma das estórias seja muito diferente.

sábado, 14 de setembro de 2013

Onde Queria Estar

Resenha: O Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, de Michel Gondry

"Faça tudo em nome do amor. Menos esquecer."

Agora vou escrever sobre um filme muito bonito, que assisti na noite de Sábado. É cada vez mais raro encontrar filmes tão bons que merecem ser resenhados, repassados e recomendados, então sempre que encontro algo assim sinto vontade de compartilhar com outras pessoas. 

O Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (título comprido, não? imagino como as pessoas se sentem ao dizer que este é seu filme favorito quando questionadas sobre) conta sobre Joel e Clementine, que tiveram um relacionamento de alguns anos até que tudo fosse por água a baixo. Cansada de lembranças indesejadas, Clementine resolve fazer parte de uma experiência para apagar Joel completamente. Quando descobre, Joel faz o mesmo, mas se arrepende durante o processo. Incapaz de falar ou se mover, ele tenta escapar do nó das próprias memórias, provocando reações inesperadas.
Eu sinto uma enorme compaixão por Joel, acho que ele ama muito Clementine. Mas Clem é um tanto quanto instável e louca, e apaixonante como personagem. Ela muda a cor do cabelo o tempo todo durante o filme. Eu a adoro.

A primeira coisa que notei foi o elenco. Se Jim Carrey e Kate Winslet juntos não são uma atração para você então eu não imagino o que seja. Também há Kirsten Dunst, Mark Ruffalo e Elijah Wood (detesto ter que colocar esta observação aqui, mas sim, é o Frodo).
A atuação de todos foi muito bonita, e teve uma participação fundamental durante o desenvolvimento do filme, já que o mesmo fala de emoções.

Agora, a segunda coisa que notei (ou pensei), foi na história de que, quando um casamento não dá certo, o casal precisa lembrar dos motivos que fizeram com que eles se apaixonassem. Será que se um casal que estivesse terminando tudo assistisse a este filme eles voltariam a ficar juntos?
Nunca terminei um casamento para saber disso... Nem comecei um. Mas continuo pensando nisso, e acho que o filme pode ser, além de bonito, muito especial para quem passou por tal situação. 

É algo interessante para se pensar em ser paciente. Não jogar tudo para o alto por um segundo, uma lembrança ruim e, por mais que isso seja difícil de ser feito, lembrar dos incontáveis segundos, das inúmeras lembranças boas e tudo o que te fez sorrir. Aposto que vão gostar muito do filme, se tiverem a chance de assistir. Se quiserem, podem vir me contar nos comentários... E não esqueçam de lembrar das coisas felizes.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Quase Famosos

Resenha: Bling Ring, a Gangue de Hollywood, de Nancy Jo Sales

"Somos só garotos normais. Não era como se fôssemos criminosos."

Resenha do filme.
Estava muito animada para falar sobre este livro! Fiquei tão ansiosa para ler quando lançou, e tive que esperar certo tempo até que chegasse à minha cidade. Quando li seu primeiro capítulo fiquei gigantescamente surpresa - não da forma que esperava ficar, mas tão positivamente quanto (ou, quem sabe, até mais!).

Em Bling Ring, a Gangue de Hollywood, Nancy Jo Sales (que é uma jornalista de talento extraordinário só pelo fato de ter ficado sabendo de tanto, com tão pouco) nos fornece entrevistas e tudo - não tudo, mas a maioria das informações - sobre uma gangue que agia roubando famosos pelo simples prazer de fazer parte deste estilo de vida. Paris Hilton, Lindsay Lohan e Orlando Bloom fazem parte de suas vítimas. 
O que ocorreu, foi que a diversão durou muito pouco. Os assaltos eram cada vez maiores e mais complicados, o que colocou os jovens em posições mais complicadas ainda.

Sobre a parte que realmente me surpreendeu, o livro trata mais de sociologia do que qualquer outra coisa. Como uma grande reportagem, com entrevistas que se mesclam com as opiniões da própria Nancy sobre como todos se sentem rebaixados diante de uma sociedade que tanto vangloria celebridades - tanto ao ponto de colocar-se em risco para poder, simplesmente, entrar em contato com coisas usadas ou tocadas por elas. Observem, todos os jovens tinham condições suficientes para buscar por roupas legais, comprá-las, mas queriam destaque. Queriam ser celebridades, se vestir como elas, agir como elas.

O que mais me assustou e chamou minha atenção foi um desejo repentino que brotou dentro do meu próprio cérebro. O pensamento de "Como esses caras são legais!!!", que me assombrou um pouco quando pensei sobre como as celebridades foram agredidas emocionalmente com tudo. Isso está fazendo parte de nossa nova cultura? Só os famosos tem seu lugar no mundo?
Mais do que uma história divertida sobre um grupo de jovens que simplesmente pegava roupas, sapatos, bolsas e eletrônicos de marca - o que eu esperava que fosse - esta é uma história que realmente nos leva a pensar. Sobre a sociedade, a cultura e como nos sentimos com o fato de que uma moça bonita recebe mais destaque do que alguém que realmente se dedicou e esforçou para chegar onde está.

Recomendo o livro para adolescentes, jovens e adultos, com o selo de isso lhe será útil no pacote. Sei que muita gente adquiriu o livro pela Emma estampada na capa, e ficou como "Mas isso é GENIAL!" - espero que você fique assim também!

domingo, 8 de setembro de 2013

Como Se a Vida Valesse à Pena

Resenha: 500 Dias com Ela, de Marc Webb

"Um garoto e uma garota podem ser amigos, mas quando chegar a um ponto, eles vão se apaixonar. Talvez temporariamente, talvez por muito tempo, talvez tarde demais, e talvez para sempre."

Precisava escrever isto para livrar meus amigos de tantos comentários sobre... 
Primeiro, preciso que saibam que não gosto de comédias românticas, pois todas são iguais para mim. E segundo, o que fez com que eu sentisse vontade de espalhar esta estória pelo mundo foi que, por incrível que pareça, é diferente de todas as outras!

500 Dias com Ela ou 500 Days of Summer, conta sobre Tom, que conhece Summer em uma reunião com seu chefe. Summer é linda, e Tom tenta conversar ou fazer qualquer tipo de contato durante duas semanas. Nada dá certo, e os dois só são oficialmente apresentados quando vão ao karaokê com alguns colegas de trabalho. Os dois descobrem que tem algo em comum quando Tom ouve The Smiths no elevador, e Summer diz que adora suas canções. Com o tempo, conversam sobre amor e sentimentos, iniciando um relacionamento bastante confuso e conturbado. 
Ps:. The Smiths, sempre começando relacionamentos... (As Vantagens de ser Invisível)
Ps2:. "Esta é a história de um homem que conhece uma garota, mas não é uma história de amor."

Meu personagem favorito é Tom porque, geralmente, nos outros filmes, os homens não são tão sentimentais com relação ao amor. Não sei se senti tal coisa porque o foco cai um pouco mais sobre ele (os filmes de amor costumam focar um pouco mais as mulheres), mas me pareceu algo muito real e diferente.
Também há Summer, com seus laços no cabelo e dificuldade de se envolver. Se sente aprisionada quando muito próxima a outra pessoa, e não acredita no amor. Identifiquei-me com ela (exceto pela parte de não acreditar no amor).

Como já disse, o que mais gostei no filme foi que ele é diferente de todas as outras comédias românticas que assisti. Isso porque não mostra só o lado feliz do amor. Ele mostra os altos e baixos, os dias felizes, e os tristes também. É algo que se parece mais com a vida real, e que nos dá uma perspectiva diferente sobre se apaixonar ou amar alguém. O desfecho que as coisas tiveram também não foi nada previsível, nem para mim (sou uma daquelas pessoas que já sabe do final do filme quando vê o rosto dos personagens). 

500 Dias com Ela é um filme tão lindo, que nos faz ter visões diferentes e nos prepara para possíveis quedas... A maneira como ele é filmado e sua trilha sonora também são tão bonitas! 
Mesmo que você não goste de comédias românticas ou dramas, por favor, dê uma chance a ele! Ele pode não ser um daqueles filmes profundos, que te deixam pensando por anos, mas posso garantir que o momento é algo muitíssimo especial.
(Caso você sinta vontade de assisti-lo, garanto que irá encontrá-lo em sites de filmes no Google - foi lá que eu vi. Depois volte para conversar comigo!)

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Homens e Porcos

Resenha: A Revolução dos Bichos, de George Orwell

"Todos os animais são iguais, mas uns são mais iguais do que outros."

Simpatizava com Orwell antes mesmo de ler A Revolução Dos Bichos, e confesso ter procurado este livro para aprender um pouco mais sobre A Revolução Russa (informações que teriam sido muitíssimo úteis na prova que fiz na semana passada, mas agora é tarde demais). 

A Revolução dos Bichos fala sobre animais que revoltaram-se contra o próprio dono, o Sr. Jones, e tomaram a Granja Solar totalmente para si sob o lema "Quatro pernas bom, duas pernas ruim", gerando sua própria revolução. Os líderes da revolução eram os porquinhos Bola-De-Neve e Napoleão, que tentaram ensinar os animais a ler e escrever, e criaram mandamentos para que ficasse claro que nenhum animal jamais acabaria como os homens acabaram.
Com o tempo, porém, o desejo da sociedade utópica é afastada por Napoleão, que tira Bola-De-Neve do poder e começa a pregar uma ditadura corrupta e suja como a dirigida por humanos.

O que mais gostei no livro foi que os sentimentos são facilmente reconhecidos, tornando mais fácil o entendimento sobre as ideologias e pensamentos de Lênin, Trotsky e Stalin. Quando estudo História costumo pensar "Mas o que levou Fulano a fazer tal coisa? Como ele se sentia com relação a isso?", aqui, finalmente, minhas dúvidas foram esclarecidas! Sei que não é possível tratar assuntos como este com tanta fidelidade, já que nem eu e nem ninguém que vive hoje estava lá para saber perfeitamente dos fatos, compreendendo o que se passava com cada um, mas convenhamos: é um consolo.
O que menos gostei foi de como Napoleão me decepcionou... Sei que histórias baseadas em fatos reais nunca possuem um final tão feliz assim, mas por que, Napoleão? Por quê??? Decepcionada para sempre com tal atitude.

Meu personagem favorito do livro, é o burrinho Bejamin. Fica claro que Bejamin sabia o que se passava, mas tinha medo (ou algo parecido com medo) de contar tais atrocidades aos outros animais da Granja. Fiquei pensando o que faria em seu lugar, e acho que terminaria tão mal quanto. Senti que este seria meu próprio papel, se eu estivesse lá. Não me orgulho de ser medrosa, mas não daria minha garganta aos cachorros de Napoleão.

Há um filme com o mesmo título, que acredito ser baseado no livro, mas não o assisti ainda, então não posso opinar sobre. Li alguns comentários sobre o mesmo, e a maioria (grande maioria, mesmo) não foi tão positiva. 

Meu entendimento sobre os personagens, depois de ler outros artigos e diferentes opiniões, foi:
Jones: Czar
Major: Dúvida entre Karl Marx e Lênin
Bola-de-Neve: Trotski
Napoleão: Stalin
Garganta: Mídia a favor de Stalin
Cães: Polícia
Demais animais: Classe operária, presa na própria Revolução

Recomendo a obra a todos que desejam aprender, mas que, assim como eu, acham livros de História realmente chatos de serem lidos.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Não Ouse Não Ousar

Resenha: As Crônicas de Nárnia - Livro 3 (O Cavalo e Seu Menino), de C. S. Lewis

"Mas até um traidor pode corrigir-se."

Esta é a terceira crônica que leio, depois de O Sobrinho Do Mago (será resenhado em breve) e O Leão, a Feiticeira e o Guarda Roupa. Percebi que estou envolvida com Nárnia e seus personagens principais quando Suzana, Edmundo, Lúcia e Pedro me deixaram bastante feliz quando apareceram por aqui. 

Diferente da maioria dos livros, este não é protagonizado pelos quatro irmãos, e sim por duas crianças (Shasta e Aravis) e seus cavalos falantes de Nárnia (Bri e Huin). Quando Shasta descobre que seu suposto pai estava preste a vendê-lo, se depara com o cavalo de seu possível comprador, chamado Bri. Os dois fogem juntos para a liberdade que apenas Nárnia os proporcionaria, segundo as lembranças muito distantes do próprio animal. No caminho, os dois - já muito amigos - se deparam com uma tarcaína, Aravis, que foge com sua égua Huin do casamento arranjado. Os quatro viajam juntos para as terras do Norte, vivendo aventuras que nunca haviam imaginado.

Neste livro, minha personagem favorita foi Aravis. Ela é muito corajosa e corre por seus sonhos. Não permite que ninguém a aprisione ou obrigue, mesmo que isso tenha suas vantagens. Suzana aparece algumas vezes, assim como Lúcia, mas acho que prefiro a versão infantil de ambas. Aslam também tem suas aparições, e é incrível como tudo fica calmo e mais bonito quando ele está por perto. Continuo gostando muito dele.

O que mais gostei no livro, como na maioria dos outros, foi que as crianças se tornaram melhores durante sua chegada a Nárnia. Todos sempre ficam melhores quando se aproximam de Nárnia e isso é simplesmente fantástico. Isso me levou à conclusão de que exitem dois tipos de pessoas no mundo: aquelas que rezam através de A Cabana, e aquelas que rezam através de As Crônicas de Nárnia. E por mais que isso seja difícil de entender, acho que é verdadeiro.
O que menos gostei foi que alguns detalhes ficaram um tanto quando esburacados. A estória dos filhos do rei Luna, por exemplo. Mas tudo bem levando em conta que esta é uma coleção dedicada principalmente a crianças e há animais falantes...

Estou muito curiosa sobre O Príncipe Caspian porque confesso ter dado uma espiadinha na adaptação para o cinema, então continuarei lendo até o fim. Como já disse, minha coisa favorita nestas crônicas é que elas nos ensinam lições se conseguirmos enxergar. Como a Bíblia, mas de uma forma mais delicada e agradável. Acho interessante que tanto crianças quanto adultos as leiam. É impossível não amar uma coisa tão pura.