quinta-feira, 11 de abril de 2013

Cativa-me

Resenha: O Pequeno Príncipe, de Antoine De Saint-Exupéry

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."

É estranho o fato de eu não ter lido este livro antes. Estranho, primeiro porque o mesmo é extremamente curto, e segundo, porque já me falaram tanto dele que foi difícil controlar minha curiosidade a tal ponto.
Nota particular: prometo que à partir de hoje visitarei todas as estantes da biblioteca da escola antes de sair de lá com algum livro. (Dentre meus achados neste baú do tesouro estão Coraline e O Jardim Secreto - livros quase-favoritos, sem incluir este). Nós - os alunos - possuímos, definitivamente, uma biblioteca riquíssima. 

Fiquei muto curiosa sobre a estória que O Pequeno Príncipe conta. Finalmente descobri que, assim como desconfiava, o que conta não é o enredo, mas as lições que ele ensina, e os personagens, e os desenhos engraçadinhos (uma cobra digerindo um elefante, por exemplo). 
O Pequeno Príncipe fala de um principezinho que vive em um asteroide com três vulcões que lhe batem nos joelhos (um deles extinto - mas nunca se sabe), e uma flor falante (o que não parece nada extraordinário, já que todas as flores presentes no livro falam, assim como os animais - principalmente raposas). Eis que o principezinho resolve viajar para outros mini-planetas, onde se depara com personagens no mínimo curiosos, até chegar à terra, encontrando, assim, seu narrador.

Minha personagem favorita é a Raposa. Mas poderia ser o Príncipe, ou a rosa, se eu conhecesse um pouquinho mais deles. Mas eles não falam muito, sabem?
O Pequeno Príncipe é encantador por não tratar o mundo como as pessoas grandes. É encantador por contar sobre animais e flores tão perfeitamente sábios, e sobre seus sentimentos e espinhos. É difícil explicar os motivos que deixaram o mundo todo encantado por ele, mas eu acho que vocês saberão se lerem. 
E caso você já tenha lido: você também achou o final tão triste? Você acha que o Pequeno Príncipe voltou para o deserto e o narrador pôde encontrá-lo novamente? Eu adoraria falar com você sobre isso.

E aqui estão alguns conselhos de raposa, pois eu acho que vocês gostarão deles:

Tu és para mim um garoto igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo, a teus olhos, de uma raposa igual a outras cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo. (...) Mas, se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. (...) Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim não vale nada. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos dourados. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará com que eu me lembre de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...

Encantadora, não é? 

Nenhum comentário:

Postar um comentário