terça-feira, 9 de abril de 2013

Muita Mágica No Mundo

Resenha: O Jardim Secreto, de Frances Hodgson Burnett

"Eu acho que há muita mágica no mundo, mas as pessoas não sabem. Talvez o jeito seja repetir tanto as coisas que elas acabam acontecendo."

Olá meu novo livro favorito, olá minha nova inspiração, olá obra incrível ♥ Eu acho que andei lendo tantos livros pelos quais não fui encantada que foi quase um choque (agradável e benigno) sobre como livros podem ser incríveis e mágicos quando se encontra o gênero certo (não é que existam pessoas que não gostam dos livros - elas apenas não encontraram o seu estilo de literatura).

O Jardim Secreto conta (de uma forma muito bonita, aliás) sobre Mary. Uma garota que eu confesso ter detestado no início. Mary veio da Índia depois de um surto de cólera (ela perdeu a mãe - que nem conhecia direito por passar muito tempo com sua Aia, como chamava) e passou a morar com o tio distante - mais com os empregados do tio do que o próprio, para ser exata - na Charneca, um lugar aparentemente horroroso e sem vida. Mary odeia a Charneca, e sente-se solitária e perdida (ela recebia mais atenção do que devia). Durante uma de suas explorações pelos inúmeros jardins que cercam a mansão de 100 quartos, Mary encontra um jardim sem porta, trancafiado há dez anos, que muda sua vida para sempre.

Uma de minhas características favoritas no livro é o fato de que todos os personagens são maravilhosamente montados e adornados de estórias. Fico com Mary por causa de uma leve identificação (principalmente na parte que diz "Uma criança boa jamais conseguiria falar uma coisa dessas" - se é que me entendem). Porém, fico com Dickon pela mágica que o cerca. E com Marta, por lidar com tudo tão carinhosamente, sempre sorrindo. E com a mãe de Marta, por lembrar-me tanto a Sra. Weasley, de Harry Potter. E com Ben, por conversar com um pássaro e podar as rosas. 
Em meio a tantos personagens maravilhosos é difícil saber qual escolher.

O Jardim Secreto fala de mudanças e males que vêm para o bem. Sobre amizade, plantas, amor e animais. Eu só sei que senti um enorme desejo de possuir um jardim onde houvessem piscos de peito ruivo e flores flocos-de-neve, e roseiras cobrindo as paredes. 
Ainda não tive oportunidade de ver o filme, mas eu assisti a um trailer da versão lançada em 1993 e posso dizer-lhes que Dickon é do jeitinho que eu imaginei! Ele se parece tanto com as gravuras que é difícil imaginar que a ilustradora não viu ser rosto antes de criar.  Mary não se parece com o que eu pensei - nem um pouquinho. Colin também não, a não ser pelos olhos gigantescos e cinzentos.
Ainda sobre o filme, fiquei muito empolgada ao descobrir que Guilherme Del Toro será seu próximo diretor, já que o mesmo dirigiu um dos meus filmes favoritos - O Labirinto Do Fauno. Fico curiosa sobre como ele construirá um filme infantil, mas sei que será interessantíssimo. 

Pretendo escrever ainda hoje minha própria continuação para a estória - é o que eu costumo fazer quando não quero que meus livros acabem - agora, com quem Mary ficará? 

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