terça-feira, 30 de abril de 2013

Got a Secret, Can You Keep It?

Resenha: Pretty Little Liars, Primeira Temporada

"Penso que a única razão que nos faz apegar tanto às memórias é que elas não mudam. Mesmo que as pessoas que as cercam tenham mudado."

O que era para ser uma distração temporária tornou-se, no fim, uma de minhas séries favoritas de todos os tempos - perdendo apenas para Game Of Thrones e Prison Break. 
Pretty Little Liars tem sido bastante injustiçada nos últimos tempos. Eu não sei se isso ocorre por conta da idade de suas protagonistas ou confusão mental que a série causa em um primeiro momento.

PLL foi inspirada na série de livros de drama/suspense escritos por Sara Shepard e conta a estória de quatro amigas e um assassinato. Assassinato este que afastou e reuniu o grupo depois de certo tempo. Quando Aria, Spencer, Emily e Hanna se reúnem e saem em busca de pistas sobre o desaparecimento de Alison as garotas passam a receber mensagens misteriosas e bastante assustadoras assinadas por "-A". -A ameaça revelar os segredos mais sombrios e obscuros de cada uma delas. De início, o grupo desconfia que Alison talvez não esteja morta, mas o corpo é encontrado algumas semanas depois.
No início da primeira temporada -A não parece tão psicótico e sedento por vingança - o que é totalmente desmentido a cada episódio, tornando a série cada vez mais instigante. 

O fato que me fez amar a série é que cada episódio revela um novo acontecimento, ou oferece um novo mistério a ser desvendado. Além de personagens bastante espertinhos (não tão inteligentes e indomáveis quanto os personagens de Prison Break, é claro - a não ser o(a) próprio(a) -A -, mas bastante espertos, sim). 
Dentre o grupo de amigas, Spencer é minha personagem favorita. Nós duas agimos de forma bastante parecida, e acredito que seguiria sua linha de pensamentos se passasse por uma situação difícil como esta (apesar de parecer uma série adolescente de início, é a vida de seus familiares e amigos que está em jogo!).
Quanto aos livros, confesso não ter lido muita coisa. Li o suficiente para dizer, apenas, que muitas coisas não são tão fiéis assim - coisas como a irmã de Emily e os cabelos louros de Spencer -, mas seus núcleos são absolutamente idênticos, ambos muito bons. 

Recomendo a série para qualquer um que goste de desvendar e solucionar mistérios difíceis e quase indecifráveis. Ela pode ser irritante, em partes, para pessoas mais velhas (afinal, suas protagonistas passam por complicações que só pessoas de sua idade conseguem compreender totalmente), mas garanto que o lado misterioso colocará as coisas em seu devido lugar. Só alerto para que tome cuidado com os spoilers (jamais leia comentários no YouTube!) e não se assuste com a abertura macabra, que foi o que aconteceu comigo. xD

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Winter Is Coming

Resenha: As Crônicas De Gelo e Fogo - Livro 1 (A Guerra Dos Tronos), de George R. R. Martin

"O homem que dá a sentença deve também brandir a espada."

Dragões, bruxas, batalhas épicas, censura bastante limitada e magia, muita magia.
Cá estou eu sendo uma menina corajosa e resenhando uma das obras mais fantásticas do mundo depois de J. R. R. Tolkien. Fui corajosa, também, ao aceitar ler o livro mais longo de minha vida - e descobrir que este é um dos melhores. (Nota: não sejam medrosos quanto ao tamanho de um livro, nunca!).

O início da obra se passa no castelo de Winterfell - dividido em sete reinos. Como na maioria dos ótimos livros, é difícil construir um enredo completo sobre tal, já que o mesmo gira em torno de dezenas de personagens (um mais curioso que o outro). Mas como prometi que tentaria, lá vamos nós: 
Eddard Stark é o nome do poderoso senhor do castelo de Winterfell. O Lorde recebe, ainda no início do livro, a visita do influente Robert Baratheon - amigo distante e rei de Westeros. Durante esta honrosa visita, Robert propõe a Lorde Eddard a Mão Do Rei (o Mão antecessor havia falecido). Eddard, um tanto contrariado, aceita a proposta, levando consigo parte de sua família. Com o tempo, o Lorde desconfia que a morte do Mão anterior não tenha ocorrido por causas naturais, e até que a própria rainha, Cersei, esteja envolvida no assassinato do mesmo. Para proteger o Rei e amigo Robert, Eddard coloca a própria vida - juntamente com a de todos que o cercam - em perigo constante.

Como citei anteriormente, diversas outras eventualidades cercam o enredo principal, e diversos personagens incríveis e gigantescamente inteligentes são acrescentados no decorrer da estória. Ao contrário das outras resenhas, não citarei meu personagem favorito ainda - este livro me ensinou, a cima de tudo, que seu personagem favorito pode ser um maldito traidor, e ainda estou traumatizada quanto a isso.
A escrita e estilo de narrativa utilizadas pelo autor assemelham-se muito a um Tolkien mais violento, porém, a obra não possui uma categoria única dentre todos os outros livros, e este é - acredito - o motivo que conteve os chatinhos de plantão a dizer coisas como *som misterioso* "As Crônicas De Gelo e Fogo são a maior cópia da história da escrita!" *som misterioso continua*
A forma como Martin dividiu o livro - não em capítulos, mas em narrações realizadas diante da visão de diversos personagens - foi seu ponto mais forte, em minha humilde opinião.

Recentemente - não tão recentemente assim, mas recentemente - foi lançada uma série que usa os livros de George como inspiração. Chatinhos brotaram do chão neste momento, dizendo que foi uma calúnia sem tamanho alterar a idade física dos personagens de tal forma. O que os chatinhos - que obviamente não leram os livros - não sabem, é que seria um tanto sem noção exibir crianças fazendo coisas que as crianças da atualidade não fazem (se é que me entendem) o tempo todo. Além de traumático. E louco. E estranho... E mais uma série de adjetivos nada agradáveis. 

Recomendo As Crônicas De Gelo e Fogo com todas as minhas forças, principalmente se você é um leitor longínquo - se você não for, mantenha em mente que cada nome e cada característica deve ser notada, lembrada e guardada no banco de dados de seu cérebro; aquele personagem aparentemente insignificante pode se tornar importante a qualquer momento. O primeiro livro não abrange batalhas tão fortes e sangrentas quanto os demais (tenho lido o quarto livro nos últimos dias), porém, você deve manter em mente que o medievalismo chega a pontos que não seriam aceitos em meio à nossa sociedade atual; seja um personagem e mantenha a mente bem aberta - não leve isso tão à sério; ou leve, sendo assim a pessoa mais desconfiada do universo a partir deste momento.


quarta-feira, 24 de abril de 2013

Estimar e Defender

Estimar e Defender

“A guerra deve acontecer, enquanto estivermos defendendo nossas vidas contra um destruidor que poderia devorar tudo; mas não amo a espada brilhante por sua agudeza, nem a flecha por sua rapidez, nem o guerreiro por sua glória. Só amo aquilo que eles defendem.”

J. R. R. Tolkien

domingo, 21 de abril de 2013

Saindo Em Uma Aventura

Resenha: O Hobbit, de J. R. R. Tolkien

"Certa vez me perguntaste se eu havia lhe contado tudo sobre minhas aventuras. Honestamente posso dizer-lhe que contei a verdade. Não posso dizer, porém, que contei toda a verdade."

Muitas pessoas acharam estranho que depois de todo esse tempo eu não havia comentado sobre minha principal fonte de inspiração no quesito escrita (Oh, que ofensa!). É difícil para mim expressar tamanho talento com palavras, entendam!

O Hobbit surgiu antes mesmo de O Senhor Dos Anéis - que é, na verdade, uma espécie de continuação para o livro, (prestem atenção quando eu digo uma espécie) - e conta a estória de um Hobbit adorável, chamado Bilbo (Hobbit este que se tornaria tio de Frodo), e de suas aventuras junto com Galdalf e outros treze anões de nomes engraçadinhos. É difícil montar um enredo específico, já que a estória envolve divesos objetivos. 
Bilbo e Gandalf são meus personagens favoritos. Bilbo pelo fato de ser muito engraçado sem nem mesmo se dar conta disso, e Gandalf por ser tão louco e sábio ao mesmo tempo. Além disso, Galdalf me lembra Dumbledore de forma absurda, e Dumbledore é um de meus personagens favoritos do mundo (como seria se os dois duelassem?). Eu também sou apaixonada pelos elfos. O modo com que eles são descritos é tão bonito! 

Eu acho que o que mais me encanta no livro, é que esta não é uma obra voltada aos adultos (classificação infanto-juvenil), mas evolui de uma forma significativa, passando por mutações gigantescas do início ao fim. O que é bonito se torna sombrio depois de certo tempo, e nem tudo parece mais tão transparente quando antes. 

Em 2012, foi lançada uma adaptação cinematográfica que envolve parte do livro, esta nomeada O Hobbit: Uma Jornada Inesperada. Outros dois filmes serão lançados - um neste ano (yay!), e outro no ano que vêm. 
Esta foi uma das adaptações mais fiéis que eu já vi na história de minha vida, incluindo as adaptações de Harry Potter! O que aconteceu foi que, ao contrário das adaptações de HP, tudo fica maravilhosamente claro para seus espectadores. (Eu não precisei dizer à minha mãe porque determinado fato estava acontecendo, ou porque determinado personagem agia de tal forma). 
Por ter sido dividido em três partes, pensei que nada seria cortado, mas não foi o que aconteceu. Claro que estou totalmente ciente de que adaptações cinematográficas estão sujeitas a isso, mas eu, como todos os leitores, não gostaria que fosse assim. 
O filme, confesso, rendeu-me mais gargalhadas do que o livro, já que as notas de ironia e sarcasmo usadas frequentemente são mais identificáveis. Não preciso dizer que o livro é infinitamente melhor, mas o filme é ótimo, também.

O que foi encantador no filme, para mim, foram os cenários, a trilha sonora e as canções entoadas pelos próprios personagens. Tudo isso ficou do jeitinho que eu imaginava, e não podia ter sido melhor neste quesito.
Não preciso ressaltar que todos - absolutamente todos - devem ingressar no universo de O Senhor Dos Anéis. Se você gosta de Harry Potter, As Crônicas De Nárnia e/ou As Crônicas De Gelo e Fogo, saiba que você se familiarizará facilmente com este universo localizado entre o alvorecer das fadas e o domínio dos homens, isso segundo o próprio gênio Tolkien. 


quinta-feira, 18 de abril de 2013

Tempo

Tudo Tem Seu Tempo

"Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.
Há tempo de nascer, e tempo de morrer; 
tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;
Tempo de matar, e tempo de curar; 
tempo de derrubar, e tempo de edificar;
Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;
Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; 
tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar;
Tempo de buscar, e tempo de perder; 
tempo de guardar, e tempo de lançar fora;
Tempo de rasgar, e tempo de coser; 
tempo de estar calado, e tempo de falar;
Tempo de amar, e tempo de odiar; 
tempo de guerra, e tempo de paz."

Eclesiastes 3:1-8

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Sendo Você

Sendo Você

Não faz sentido que nós mesmos nos chamemos de feios. 
Nós não nos vemos realmente. Nós não nos vemos na cama, dormindo, silenciosos, enrolados no cobertor, respirando em nosso próprio ritmo. Nós não nos vemos lendo um livro, com os olhos brilhando e acompanhando as palavras. Nós não nos vemos olhando para outra pessoa com amor e carinho dentro de nossos corações. Não há espelhos por perto quando rimos e sorrimos com os olhos. 
Você veria exatamente como você é lindo se você se visse nos momentos em que você realmente é você.

domingo, 14 de abril de 2013

Momentos

Resenha: Now Is Good, de Ol Parker

"Momentos. Nossa vida é uma série de momentos. Cada um, uma viagem para o fim. Desapegue... Desapegue-se de tudo."

Como sabem (ou não) costumo evitar filmes de câncer. O fato que mais me surpreendeu neste e tornou-o diferente dos outros foi que, apesar de contar sobre uma garota com câncer, ele não gira em torno da doença, como os demais costumam fazer.

Now Is Good (eu não consegui encontrar seu título no Brasil, mas eu acho que talvez isso seja porque ele não foi lançado em certos países - não tenho certeza) conta a estória desta garota chamada Tessa, que tem um tipo de câncer terminal. Depois de interromper seu tratamento por conta própria, a fim de viver da forma mais tranquila e menos dolorosa possível, Tessa constrói a própria lista de coisas para fazer antes de morrer.  Nesta lista estão coisas como sexo, usar drogas, assaltar uma loja e dirigir escondida - ela não é tão marginal quanto parece, fiquem calmos. O rumo da vida de Tessa começa à mudar a partir do momento em que ela conhece Adam, seu novo vizinho, que faz com que a lista toda mude.
Como eu havia dito inicialmente, o filme é muito bonito porque gira mais em torno do romance do que de qualquer outra coisa. 

Eu descobri que este filme foi baseado em um livro chamado Antes De Morrer, de Jenny Downham. Penso seriamente em lê-lo, mas não com tanta urgência. 
Adam tornou-se meu personagem favorito depois do momento em que espalhou o nome de Tessa pelo mundo. Deve ser difícil amar alguém tanto a este ponto. Na maioria das vezes, quando você fica doente, as pessoas vão embora. Mas ele não foi. 

A mensagem do filme é viver. Eu acho que percebi isso quando Tessa começou a pensar no futuro, mesmo sabendo que tinha alguns poucos meses de vida. 
Dentre todas as cenas que me arrancaram lágrimas, uma chamou a minha atenção, em especial. Nesta cena, Adam e Tess estão sentados, observando o mar (as paisagens do filme são muito bonitas!), e o garoto a questiona sobre o medo. Sobre isso, Tass diz o seguinte: As pessoas pensam que quando você fica doente, você não tem medo. Mas não é verdade. Na maioria das vezes, é como estar sendo perseguido por um psicopata. Como se eu fosse levar um tiro a qualquer momento.
O que não deixa de ser verdade, de certa forma. Eu sinto medo. Muito. 

O véu que este filme tirou de meus olhos para as coisas mais simples é o que o tornou tão especial, e bonito, e diferente dos demais. Se você doar um pouquinho do seu tempo para assisti-lo, eu sei que não irá se arrepender.
Atualização: acabo de descobrir que o título do filme no Brasil é "Agora e Para Sempre", então, caso queiram procurá-lo... 

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Cativa-me

Resenha: O Pequeno Príncipe, de Antoine De Saint-Exupéry

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."

É estranho o fato de eu não ter lido este livro antes. Estranho, primeiro porque o mesmo é extremamente curto, e segundo, porque já me falaram tanto dele que foi difícil controlar minha curiosidade a tal ponto.
Nota particular: prometo que à partir de hoje visitarei todas as estantes da biblioteca da escola antes de sair de lá com algum livro. (Dentre meus achados neste baú do tesouro estão Coraline e O Jardim Secreto - livros quase-favoritos, sem incluir este). Nós - os alunos - possuímos, definitivamente, uma biblioteca riquíssima. 

Fiquei muto curiosa sobre a estória que O Pequeno Príncipe conta. Finalmente descobri que, assim como desconfiava, o que conta não é o enredo, mas as lições que ele ensina, e os personagens, e os desenhos engraçadinhos (uma cobra digerindo um elefante, por exemplo). 
O Pequeno Príncipe fala de um principezinho que vive em um asteroide com três vulcões que lhe batem nos joelhos (um deles extinto - mas nunca se sabe), e uma flor falante (o que não parece nada extraordinário, já que todas as flores presentes no livro falam, assim como os animais - principalmente raposas). Eis que o principezinho resolve viajar para outros mini-planetas, onde se depara com personagens no mínimo curiosos, até chegar à terra, encontrando, assim, seu narrador.

Minha personagem favorita é a Raposa. Mas poderia ser o Príncipe, ou a rosa, se eu conhecesse um pouquinho mais deles. Mas eles não falam muito, sabem?
O Pequeno Príncipe é encantador por não tratar o mundo como as pessoas grandes. É encantador por contar sobre animais e flores tão perfeitamente sábios, e sobre seus sentimentos e espinhos. É difícil explicar os motivos que deixaram o mundo todo encantado por ele, mas eu acho que vocês saberão se lerem. 
E caso você já tenha lido: você também achou o final tão triste? Você acha que o Pequeno Príncipe voltou para o deserto e o narrador pôde encontrá-lo novamente? Eu adoraria falar com você sobre isso.

E aqui estão alguns conselhos de raposa, pois eu acho que vocês gostarão deles:

Tu és para mim um garoto igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo, a teus olhos, de uma raposa igual a outras cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo. (...) Mas, se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. (...) Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim não vale nada. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos dourados. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará com que eu me lembre de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...

Encantadora, não é? 

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Uma Nova Chance

Isso Pode Ser Uma Nova Chance?

Você não pode amar ninguém
Você não pode amar algo
Você não pode amar nada
Você não pode amar qualquer coisa
Até que você possa amar a si mesmo
Até que você possa amar a si mesmo
Você pode amar a si mesmo
Could It Be Another Chance, The Samples

terça-feira, 9 de abril de 2013

Muita Mágica No Mundo

Resenha: O Jardim Secreto, de Frances Hodgson Burnett

"Eu acho que há muita mágica no mundo, mas as pessoas não sabem. Talvez o jeito seja repetir tanto as coisas que elas acabam acontecendo."

Olá meu novo livro favorito, olá minha nova inspiração, olá obra incrível ♥ Eu acho que andei lendo tantos livros pelos quais não fui encantada que foi quase um choque (agradável e benigno) sobre como livros podem ser incríveis e mágicos quando se encontra o gênero certo (não é que existam pessoas que não gostam dos livros - elas apenas não encontraram o seu estilo de literatura).

O Jardim Secreto conta (de uma forma muito bonita, aliás) sobre Mary. Uma garota que eu confesso ter detestado no início. Mary veio da Índia depois de um surto de cólera (ela perdeu a mãe - que nem conhecia direito por passar muito tempo com sua Aia, como chamava) e passou a morar com o tio distante - mais com os empregados do tio do que o próprio, para ser exata - na Charneca, um lugar aparentemente horroroso e sem vida. Mary odeia a Charneca, e sente-se solitária e perdida (ela recebia mais atenção do que devia). Durante uma de suas explorações pelos inúmeros jardins que cercam a mansão de 100 quartos, Mary encontra um jardim sem porta, trancafiado há dez anos, que muda sua vida para sempre.

Uma de minhas características favoritas no livro é o fato de que todos os personagens são maravilhosamente montados e adornados de estórias. Fico com Mary por causa de uma leve identificação (principalmente na parte que diz "Uma criança boa jamais conseguiria falar uma coisa dessas" - se é que me entendem). Porém, fico com Dickon pela mágica que o cerca. E com Marta, por lidar com tudo tão carinhosamente, sempre sorrindo. E com a mãe de Marta, por lembrar-me tanto a Sra. Weasley, de Harry Potter. E com Ben, por conversar com um pássaro e podar as rosas. 
Em meio a tantos personagens maravilhosos é difícil saber qual escolher.

O Jardim Secreto fala de mudanças e males que vêm para o bem. Sobre amizade, plantas, amor e animais. Eu só sei que senti um enorme desejo de possuir um jardim onde houvessem piscos de peito ruivo e flores flocos-de-neve, e roseiras cobrindo as paredes. 
Ainda não tive oportunidade de ver o filme, mas eu assisti a um trailer da versão lançada em 1993 e posso dizer-lhes que Dickon é do jeitinho que eu imaginei! Ele se parece tanto com as gravuras que é difícil imaginar que a ilustradora não viu ser rosto antes de criar.  Mary não se parece com o que eu pensei - nem um pouquinho. Colin também não, a não ser pelos olhos gigantescos e cinzentos.
Ainda sobre o filme, fiquei muito empolgada ao descobrir que Guilherme Del Toro será seu próximo diretor, já que o mesmo dirigiu um dos meus filmes favoritos - O Labirinto Do Fauno. Fico curiosa sobre como ele construirá um filme infantil, mas sei que será interessantíssimo. 

Pretendo escrever ainda hoje minha própria continuação para a estória - é o que eu costumo fazer quando não quero que meus livros acabem - agora, com quem Mary ficará? 

O Mundo Todo é Um Jardim

O Mundo Todo é Um Jardim

Uma das coisas estranhas da vida é que só muito de vez em quando a gente tem certeza de que vai viver para sempre. 
Quando a gente se levanta cedinho, antes da hora solene do sol nascer, por exemplo, e fica quieto sozinho com a cabeça para trás, olhando para cima, vendo o céu pálido mudar devagar, e coisas brilhantes, desconhecidas e maravilhosas acontecerem aos poucos, até que o Leste quase faz a gente chorar de emoção, diante da majestade imutável e estranha do nascer do sol - coisa que acontece toda manhã, há milhares, milhares, milhares e milhares de anos. 
Aí, por um momento curtinho, a gente sabe. 
Ou então, também, quando fica sozinha num bosque ao entardecer, e a luz dourada e brilhante se esgueirando através dos galhos parece estar se despedindo e dizendo bem baixinho alguma coisa que não se consegue ouvir, por mais que se tente. 
Ou então, algumas vezes, ao olhar o imenso céu tranquilo, azul-escuro, de noite, com milhões de estrelas. Ou ouvir uma música ao longe. Ou olhar fundo nos olhos de alguém.

O Jardim Secreto, de Frances Hodgson Burnett

domingo, 7 de abril de 2013

And No One Knows

Playlist Da Semana: 29/03/13

"You cry, but don't tell anyone, that you might not be the golden one... And you tied together with a smile but you coming undone."





Então, finalmente, aqui estou eu. \o/ Não há nada errado com a minha saúde, muito pelo contrário, aliás. É só que eu costumo exigir muito de mim mesma, e isso chegou a tal ponto que foi complicado - até mesmo para mim. Mas tentemos resolver isto um o tempo. 
Eu não havia notado antes, mas minha playlist esteve um pouquinho mais melancólica do que o normal nas ultimas semanas. Espero que não se importem com isso, afinal, as músicas mais bonitas são, em sua maioria, melancólicas.

Tell Me Why (Taylor Swift): A tal estória de que você só presta atenção no que as músicas dizem quando você está triste... Eu não estava realmente triste, só um pouquinho sensível, mas pude perceber: esta letra é brutalmente escura! Quantas vezes eu pude dançar pelo quarto ouvindo isso...? Então ela tornou-se minha mais recente linha de pensamento.
Minha citação favorita é: "You could write a book on how to ruin someone's perfect day." ("Você pode escrever um livro sobre como arruinar o dia perfeito de alguém.").

Tied Together With A Smile (Taylor Swift): Taylor escreveu esta canção para uma amiga que sofria de bulimia, mas ela se encaixa em tantas situações que acabou sendo, também, para mim - e para vários amigos, principalmente uma (ela já sabe).
Minha citação favorita é: "You cry, but don't tell anyone, that you might not be the golden one... And you tied together with a smile but you coming undone." ("Você chora, mas não conta a ninguém que não pode ser a melhor de todas... E você está atada a um sorriso, mas está se desfazendo.").

Dead Heart (Stars): Tão. Fofa! (Falo especificamente da melodia, e não da letra - esta não parece tão amistosa). Eu não sei muito sobre a banda, tampouco sobre seus integrantes, mas eu espero que os vocais desta canção se casem um dia! 
Minha citação favorita é (além da música toda...): "I can say it, but you won't believe me." ("Eu posso dizer isso, mas você não irá acreditar em mim.").

Dare You To Move (Switchfoot): Nostalgia. Eu passei todo o ano de 2010 ouvindo esta canção. Apesar de este Rock-Pop não fazer muito meu gênero, eu adoro seus acordes. 
Minha citação favorita é: "Where can you run to escape from yourself?" ("Para onde você pode correr para escapar de si mesmo?").

Give Me Love (Ed Sheeran): Encantada por Ed para sempre (encantada, também, pela semelhança incrível que ele tem com um amigo). Passar uma viagem toda ouvindo Give Me Love pregou isso na minha cabeça.
Minha citação favorita é: "Give me love like never before, cause lately I've been craving more." ("Dê-me amor como nunca antes, pois ultimamente eu tenho desejado mais.").

Sunburn (Ed Sheeran): Eu disse que estou apaixonada por ele. Só não há mais músicas porque elas possuem direitos autorais e tudo isso - uma pena.
Minha citação favorita: "You're not her, though I try to see you diferent." ("Você não é ela, apesar de eu tentar te ver de uma forma diferente.").

Realize (Colbie Caillat): Essa canção me deixa calma e me faz dormir. Eu acho a voz da Colbie uma das mais bonitas entre todas as cantoras atuais.
Minha citação favorita é: "If you just realize what I just realized. That we'd be perfect for each other and we'll never find another..." ("Se você apenas percebesse o que eu acabei de perceber. Que nós somos perfeitos um para o outro e nunca encontraremos outra pessoa...").

Wild Ones (Flo Rida feat. Sia): (Uu-uhhh xD). Eu amo dançar e tentar cantar da forma mais afinada possível - eu nunca consigo, mas vou conseguir um dia.
Desta vez não há uma citação favorita, até porque a música é meio sensual demais para isso. Mas eu amo a parte em que ela diz "Hey, I heard you were a Wild One..." \o/.