domingo, 17 de março de 2013

Venha e Sonhe Comigo

Resenha: Adaptação Cinematográfica de A Invenção de Hugo Cabret, de Brian Selznick

"Por isso máquinas quebradas me deixam triste. Elas não fazem os seus propósitos. Talvez seja assim, também, com as pessoas... Perder o nosso propósito é como estar quebrado."

O último filme que prendeu tanto a minha atenção foi O Curioso Caso de Benjamin Button, portanto, vocês podem pensar sobre a riqueza de seus personagens, de seus cenários, de seu enredo e até mesmo das lições abordadas em meio à obra. Encantador, mágico, belo e perfeito. 

A estória se passa em Paris (meados dos anos 30), e conta sobre um órfão chamado Hugo Cabret. Hugo vivia com o pai em meio às suas invenções maravilhosas até o dia em que o mesmo faleceu durante uma explosão, deixando para trás um tipo de robô que pretendia consertar. A partir deste ponto, Hugo passa à viver com o tio bêbado, dando corda nos relógios de uma estação de trem e tentando, de alguma maneira, fazer com que o robô volte à escrever - é o que ele faz, aparentemente. 
Numa noite de inverno, quado Hugo vagueia pela estação, é pego pelo dono de uma loja de brinquedos - homem que faz com que o garoto se envolva com Isabelle. 

Isabelle é minha personagem favorita durante todo o filme. Ela é uma destas garotas que leem aventuras e costumam chamar a minha atenção. Vale lembrar, porém, que todos os personagens presentes possuem uma ótima introdução, assim como suas próprias características marcantes - o que faz com que todos sejam lembrados de uma forma especial por seus espectadores. 
A adaptação foi baseada no livro infantil A Invenção De Hugo Cabret, ou, originalmente, The Invention Of Hugo Cabret, do norte-americano Brian Selznick.
Outra das características que mais me chamou a atenção foi o elenco. Perfeito! Eu só sei que passei metade do filme tentando descobrir de onde vinha o ator que interpretava Hugo (Asa Butterfield, que eu descobri ter vindo de O Menino do Pijama Listrado), e Mama Jeanne (que é ninguém mais, ninguém menos que Narcisa Malfoy, de Harry Potter!).

O filme fala sobre sonhar, e sobre as dificuldades que isso lhe trará. E sobre desistir de seus objetivos, mas pegá-los de volta. E sobre o amor, que faz todo o restante parecer pequeno.
Ele é uma destas obras que se parece com um teatro, e que aborda o enredo com olhares diferentes - através da visão de todos os personagens, e não somente de Hugo, ou Isabelle, ou George.
Apesar de este ser um filme aparentemente infantil, penso que os adultos podem aprender muito com ele. Até porque os adultos, muitas vezes, esquecem sobre a essência que os faz brilhar, e sobre como já sonharam verdadeiramente com algo pelo menos uma vez.
A mensagem que A Invenção De Hugo Cabret passa é, basicamente: Acredite!, e eu posso dizer, com todo o coração, que esta mensagem é explicada da maneira mais bonita possível.


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